Massacre no Morumbi: São Paulo 5×1 na Final da Libertadores

No dia 19 de maio de 1993, o Estádio do Morumbi recebeu uma de suas noites mais memoráveis. Mais de 100 mil torcedores empurraram o São Paulo em busca do bicampeonato da Copa Libertadores da América. Pela frente, a Universidad Católica, do Chile, que vinha embalada, mas encontrou um verdadeiro rolo compressor vestindo tricolor.

Desde o apito inicial, o São Paulo comandado por Telê Santana mostrou sua proposta: pressionar, agredir e não deixar o adversário respirar. Com forte intensidade e domínio total da posse de bola, o Tricolor sufocou os chilenos desde os primeiros minutos.

O placar foi aberto aos 30 minutos, quando López tentou cortar um cruzamento e acabou marcando contra, colocando o São Paulo em vantagem. Pouco depois, aos 40, Vítor apareceu como elemento surpresa na área e ampliou, levando a torcida à loucura ainda no primeiro tempo.

Na volta do intervalo, o domínio seguiu absoluto. Aos 9 minutos da segunda etapa (54 no tempo total), Gilmar construiu bela jogada e bateu no canto do goleiro, fazendo o terceiro. A avalanche continuava, e Raí, capitão e símbolo daquele time, marcou o quarto aos 15 minutos do segundo tempo, com categoria. Cinco minutos depois, Müller fechou a conta com o quinto gol, após linda jogada ofensiva que desestruturou totalmente a defesa chilena.

A Universidad Católica ainda descontou no fim, aos 40 do segundo tempo, com Almada cobrando pênalti, mas o placar de 5 a 1 refletia a superioridade inquestionável do São Paulo naquela noite.

Foi uma atuação de gala, digna de uma final continental. A equipe jogou com intensidade, talento e fome de vitória, deixando o título muito bem encaminhado antes do segundo jogo em Santiago. O Morumbi viveu uma noite mágica, em que futebol e espetáculo andaram lado a lado, mais uma página gloriosa escrita pelo Tricolor na história da Libertadores.