Na tarde de 15 de agosto de 1992, foi realizada a grande final do tradicional Torneio Teresa Herrera, entre São Paulo e Barcelona, no Estádio Riazor, em La Coruña, na Espanha. Esta edição ficou marcada não apenas pelo encontro de dois gigantes do futebol mundial, mas também por uma atuação histórica do Tricolor Paulista, que surpreendeu o mundo com sua superioridade diante dos espanhóis.

O torneio, um dos mais tradicionais da Europa, reunia clubes de grande prestígio internacional. Naquele ano, São Paulo e Barcelona chegaram à decisão após vencerem suas respectivas semifinais — o Tricolor superou o Deportivo La Coruña, enquanto o time catalão bateu o Werder Bremen, da Alemanha.

Logo no início do jogo, o Barcelona saiu na frente, colocando pressão sobre a equipe brasileira. No entanto, o São Paulo, sob o comando do técnico Telê Santana, manteve a calma e respondeu com futebol de alto nível. A virada começou com um gol de Müller, que empatou o placar com categoria.

Na sequência, Maurício virou o jogo para o Tricolor, aproveitando bem uma jogada trabalhada no ataque. Inspirado, o time paulista manteve o ritmo e ampliou com Raí, que marcou dois gols e foi o grande destaque da partida.

O placar final de 4 a 1 para o São Paulo refletiu a superioridade técnica e tática do time brasileiro, que encantou o público no Riazor com um futebol ofensivo, envolvente e eficiente.

Entre os principais nomes da final estiveram Raí, decisivo com dois gols; Müller, sempre participativo e perigoso; Maurício, oportuno no ataque; e Zetti, seguro quando acionado. A vitória consolidou mais um capítulo da era vitoriosa de Telê Santana à frente do Tricolor, reafirmando a força internacional do clube.

O título do Torneio Teresa Herrera de 1992 consolidou ainda mais a imagem do São Paulo como um dos clubes mais respeitados do mundo na época, vindo de títulos recentes da Libertadores e do Mundial Interclubes. A equipe de Telê Santana encantava não só pela técnica, mas também pela disciplina tática e futebol envolvente.

Essa conquista se tornou mais uma página de ouro na história são-paulina, reforçando a hegemonia internacional do clube no início da década de 90.