Na noite do dia 12 de dezembro de 1993, aconteceu a final do Mundial Interclubes, entre São Paulo e Milan, no Estádio Nacional de Tóquio, no Japão. Esta decisão ficou marcada na história não só pela qualidade das duas equipes, mas também por consolidar o São Paulo como bicampeão mundial, sob o comando do lendário Telê Santana.

A competição colocava frente a frente o campeão da Copa Libertadores da América, o São Paulo, e o vencedor da Liga dos Campeões da UEFA, o tradicional e poderoso Milan, que vinha recheado de craques como Maldini, Baresi, Donadoni e Massaro, e era comandado por Fabio Capello, conhecido pelo estilo disciplinado e forte defensivamente.

O jogo teve início com alta intensidade, e quem abriu o placar foi justamente o Milan, logo aos 18 minutos, com um chute certeiro de Massaro, aproveitando um erro na saída de bola do time brasileiro. Mas o São Paulo não se abalou, minutos depois, em uma jogada trabalhada, Palhinha apareceu bem na área e empatou a partida, levando o placar empatado para o intervalo.

Na volta do segundo tempo, o Milan voltou pressionando e novamente ficou à frente no placar com outro gol de Massaro, que mostrou oportunismo dentro da área. Porém, assim como na primeira etapa, o Tricolor Paulista reagiu rapidamente, e desta vez foi Cerezo, de cabeça, que deixou tudo igual novamente, reacendendo a esperança brasileira.

O gol da virada e do título veio aos 34 minutos do segundo tempo, quando Müller recebeu na entrada da área, girou sobre o marcador e bateu colocado, no canto, sem chances para o goleiro Sebastiano Rossi, selando o 3 a 2 histórico que deu ao São Paulo seu segundo título mundial consecutivo.

Nos minutos finais, o Milan tentou pressionar, mas encontrou um São Paulo organizado, seguro e muito competitivo, que soube administrar a vantagem até o apito final. Assim como no ano anterior, o time de Telê Santana mostrou ao mundo um futebol de alto nível, misturando técnica, disciplina e espírito de decisão.

Os grandes destaques da partida foram Müller, autor do gol do título, além de Palhinha e Toninho Cerezo, fundamentais na construção do resultado. Pelo lado italiano, Massaro foi o principal nome, com dois gols, mas insuficiente para superar a determinação brasileira.

Essa final de 1993 é lembrada até hoje como uma das maiores atuações de um time sul-americano contra uma potência europeia, coroando um dos períodos mais vitoriosos da história do São Paulo Futebol Clube.